Palavras do Criador

O Horror Show surgiu de modo a me ajudar expressar minhas ideias. Gosto quando as pessoas escutam minhas narrativas, quando se sentam nas mesas de RPG para fazerem parte da história, então muito do que escrevo aqui fez ou fará parte de alguma crônica, sessão ou enredo ou as veses as história não podem ir para a mesa e acabam indo pro Blog. Então para aqueles que gostam de Histórias de Horror, sintam-se a vontade!!!

domingo, 17 de janeiro de 2010

Sob a luz do Luar.


Belém, PA 13 de Agosto de 1999.

Trecho Retirado de um Jornal Local.

(...) Mais uma vítima feita pelo tenebroso “assassino da lua cheia”. Esta é a terceira vítima, um jovem estudante de direito da Universidade Federal do Pará (...). Ao que parece o estudante voltava para sua residência por volta das 23:00 horas quando foi atacado, os cortes feitos a faca por todo lado esquerdo da vítima mostra a “assinatura” do assassino serial (...). No primeiro ataque ele fez questão de chamar a policia na cena do crime, dizendo seu nome e suas intenções “(...) durante este ano inteiro, quando a lua cheia estiver em seu auge eu atacarei, não mostrarei piedade, como um lobo devora sua presa, eu devorarei esta sociedade até todos se darem conta da mentira onde estamos mergulhados. Se vocês não sabem a verdade não merecem viver, não merecem sofrer... eu os libertarei!”


Ilha do Marajó, PA 01 de Janeiro de 2000.

Gravação feita por um Capitão do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará.

“Lembro que estava atravessando de barco para a ilha do Marajó, ia passar o réveillon com minha família, sabe eu to morando em Belém agora, trabalhando numa grande empresa... Uma chuva da pesada começou a cair, e isso no meio do rio não é bom sinal, ficava mais e mais pesada, a água jogava muito e só piorava. Dentro do barco as pessoas estavam preocupadas, vi umas senhoras rezando e se benzendo, alguns mais cuidadosos colocavam os coletes, não eram tão seguros, mas era o que tínhamos e eu peguei um também. De repente as luzes do barco começaram a falhar e começou uma gritaria e uma choradeira, escutava barulhos estranhos vindo do motor do barco, como se tivesse com problemas, eu conheço um pouco de barcos, né? Escutei também o rapaz que conduzia e ele dizia ‘tem muita água, tem muita água, vai estragar tudo’. Daí começou a virar antes de eu me jogar no rio ainda tentei ajudar algumas pessoas, mas tive de pensar rápido ou eu pulava ou me afogava. Pulei. O colete ainda salvou um pouco, e vi muita gente se afogando sem colete e outros nadando pra tentar alcançar uma beira, tava jogando muito e a chuva tava forte era quase impossível se salvar assim. O meu colete começou a ficar muito pesado e tava afundando, eu não sei nadar, só prendi a respiração e pedi pra Deus me livrar dos meus pecados, nessa hora eu não conseguia mais respirar e apaguei. Quando acordei depois ainda tava noite e eu tava tonto, não vi muita coisa, só arvores e mato, também não conseguia falar, alguém tava me arrastando pela mata, era grande e tinha as mãos peludas, eu sei por que roçava na minha cara, não vi o rosto dele era escuro demais, mas escutava uns rugidos tipo de bicho e um cheiro forte de urina, achei até que ele tinha mijado em mim, depois daí não sei o que aconteceu, apaguei de novo. Acordei agora quando vocês chegaram com o resgate. Disseram que fiquei apagado dois dias?”

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